Um grupo de mulheres que se dedicam à venda de peixes, na província do Namibe, saiu à rua, hoje, para manifestar o seu descontentamento face a actuação da polícia durante o exercício diário das suas vendas.
“Ou nos matam ou nos deixem trabalhar” é o slogan que a peixeiras elegeram para gritarem, em frente à administração municipal do Namibe, e serem ouvidos pelas autoridades, por conta do que têm passado.
A manifestação, feita de forma pacífica, como mostram as fotografias e vídeos retirados da página do jornalista e activista local, Armando Chicoca, teve, inclusive a presença da Polícia – instituição esta que as peixeiras se queixam de estar a impossibilitar o seu trabalho, uma vez que se mostram “revoltadas com os supostos abusos policiais”.
Ainda no âmbito da atividade que envolve o sector das pescas, importa frisar que o Farol de Angola teve acesso a uma comunicação do Governo Provincial do Namibe, que dá conta que
a partir do dia 15 de Janeiro de 2021, será obrigatório a emissão de factura na venda de pescado e no mesmo documento deverá constar a origem (nome do barco, empresa/ cooperativa/ individual e o número da licença de pesca).
Será proibida a venda de pescado em locais não autorizados (bermas das estradas, zonas habitacionais), etc; a venda de pescado fresco em automóveis sem quantidades comerciais a pessoas não autorizadas; bem como o uso de veículos automóveis sem condições técnicas para o transporte de pescado (veículos com caixas isotérmicas).
Entre várias outras proibições, consta também a recomendação às embarcações de pesca artesanal que deverão efectuar as suas descargas, para efeitos de controlo, no Centro de Apoio a Pesca Artesanal da Lucira, Centro de Apoio a Pesca Artesanal do Tômbwa, Porto Pesqueiro de Moçâmedes, Porto Pesqueiro do Tômbwa e nas empresas que tenham agregado este segmento.